Niterói - Em uma vibrante tarde de terça-feira, o bloco “Loucos Pela Vida” reuniu mais de 500 foliões no centro de Niterói, marcando seu 21º aniversário com uma celebração repleta de cor, música e uma poderosa mensagem de inclusão e saúde mental. Partindo da Praça Arariboia até a Praça da Cantareira, em São Domingos, o desfile deste ano carregou o enredo “Diversidade”, uma ode à aceitação e ao respeito mútuos.

Organizado pela Rede de Atenção Psicossocial de Niterói (RAPS), o evento não só proporcionou um espaço para o entretenimento carnavalesco, mas também serviu como uma plataforma crucial para a promoção da saúde mental, destacando o papel significativo da arte e da cultura como ferramentas de conscientização e expressão.

Stefânia Soares, diretora de atenção à saúde da FeSaúde, enfatizou a importância do evento, afirmando: 

“Nos 21 anos de existência, o ‘Loucos Pela Vida’ se consolidou como um instrumento vital de promoção da saúde mental, utilizando a cultura e a arte como veículos de expressão. Este evento simboliza o trabalho de união da RAPS e serve como um poderoso lembrete da necessidade de romper preconceitos e cultivar respeito pelos usuários da rede. É uma celebração que reforça não apenas a diversidade, mas também a inclusão, mostrando a força da nossa comunidade em apoiar uns aos outros.”

O bloco “Loucos Pela Vida” é um testemunho do poder transformador dos eventos culturais na sociedade. Ao reunir usuários, familiares e profissionais em um ambiente de festa e reflexão, o evento transcende a alegria do carnaval, tocando em temas profundos de saúde mental e bem-estar coletivo. Este ano, com a presença entusiasta de centenas de foliões, o bloco reafirmou seu compromisso com a criação de um espaço inclusivo e expressivo, fortalecendo laços comunitários e promovendo a saúde mental através da arte.

"Esta foi a primeira vez que desfilei no 'Loucos Pela Vida' e foi incrível sentir-me acolhida, sem julgamentos. É maravilhoso poder ser quem somos, ser livre e ter o direito de ser feliz," relata Thais Lopes, de 20 anos, usuária da RAPS há uma década.